Q: Pode contar a história por detrás do seu negócio?
“A história do meu negócio, já tem muitos anos, já tem mais de 40 anos.
Na altura acabei a escola industrial e vim trabalhar com um primo, foi na altura em que ele começou a trabalhar com móveis, abriu uma casa de móveis e eu acabei por vir trabalhar no atendimento. Acabei por ficar à frente do negócio porque ele tinha outros negócios e entretanto, passado uns anos, atingiu um ponto de saturação e quis passar a loja e eu acabei por ficar com ela.
Já são muitos anos a servir a cidade!”
Q: Quais foram os obstáculos ultrapassados que hoje definem a resiliência do seu negócio?
“Já passámos por algumas dificuldades, não existem muitos apoios, e há alturas em que o comércio está bastante em baixo, com pouca procura, e nessa altura precisaríamos de certos apoios que não temos tido.
Mas temos de ser resilientes e dinamizar o nosso estabelecimento ao máximo.”
Q: O seu comércio criou raízes na Covilhã. Quais são os pontos altos de estar a trabalhar nesta cidade?
“Nunca trabalhei noutra localidade. Para mim, a cidade é mais do que um local de trabalho, é um ponto central na minha vida.
Defendo veementemente o desenvolvimento da nossa cidade e, sem dúvida, tenho um carinho especial por esta zona, repleta de história. É lamentável que a zona histórica tenha sido esquecida durante muitos anos, mas recentemente começaram a lembrar-se de nós.
Mesmo estando muito próximo do pelourinho, encontramo-nos nas traseiras da câmara municipal, muitas vezes ofuscados pelo comércio da Rua Direita.”
Q: Tendo em consideração os diversos desafios e dificuldades que o comércio tradicional e local enfrenta na atualidade, quais são as suas perspetivas para o futuro?
“Sinceramente, esperamos que a situação melhore um pouco, mas é uma incógnita. Torcemos para que as coisas não piorem e que haja apoio para que não enfrentemos mais uma crise, considerando tudo o que já vivemos.”